"Com a tua idade já trabalhava há muito tempo" - os meus avós tendem, por vezes, a relembrar-me de como se vivia antigamente: as dificuldades económicas e financeiras obrigavam o ingresso precoce na vida laboral. Como diz o meu avô, passava-se da quarta classe para a quinta (literalmente quinta, campo) ao invés de se prosseguirem os estudos.
Hoje tal não se verifica - ou não deveria acontecer. Felizmente a educação revelou ser um bem precioso nas sociedades ocidentais, passando a ser gratuita e obrigatória. Portanto, enquanto futuros cidadãos e contribuintes, é nosso dever trocar a enxada pelo lápis e caneta. Afinal, a nossa profissão é estudar.
Contudo, esta "profissão" funciona ao contrário: pagamos para trabalhar; neste caso, para estudar. Assim sendo, chegada a altura de deixar o ninho, deparamo-nos, ainda que com vontade de fugir, com um número infindável de despesas. Não passa, no fundo, de um investimento: os nossos pais pagam-nos os estudos para que, com sorte e bom senso, lhes possamos retribuir tudo o que nos deram, quase como uma empresa (com lucro, esperemos!).
Também não é fácil fazê-lo, investir. São pequenos grandes sacrifícios, pequenas gigantes promessas que esperam ver cumpridas. Por essa mesma razão muitos de nós, investimentos, certamente ouvimos alguns desabafos que preferíamos não ouvir. "Eu comecei a trabalhar aos 13 anos", do que eu entendo "comecei a ganhar o meu dinheiro para não "pesar" à minha família, enquanto tu lhes gastas o que podes, "pesando", assim, muito". Não é fácil. Nem para eles, nem para nós. Acreditem. A autonomia e independência (ainda que parcial) custa em todos os sentidos, para ambos os lados.
É por isso que muitos de nós optam, conscientemente, por tentar "pesar" menos. Por outras palavras, fazemo-nos à vida, tentando ganhar uns trocos onde e quando for possível. Para nos podermos dar ao luxo de ter algumas extravagâncias em tempos em que tê-las é, no mínimo, complicado.
Sim, eu sei que outrora se começava a trabalhar muito cedo, e em trabalhos agrestes. Mas também sei que o "trabalho" de estudante consegue ser desgastante em aspetos não menos relevantes.
Faz parte: viver da melhor maneira possível com o que temos. Queres mais? Ora, a solução é simples: Faz-te à vida.
Hoje tal não se verifica - ou não deveria acontecer. Felizmente a educação revelou ser um bem precioso nas sociedades ocidentais, passando a ser gratuita e obrigatória. Portanto, enquanto futuros cidadãos e contribuintes, é nosso dever trocar a enxada pelo lápis e caneta. Afinal, a nossa profissão é estudar.
Contudo, esta "profissão" funciona ao contrário: pagamos para trabalhar; neste caso, para estudar. Assim sendo, chegada a altura de deixar o ninho, deparamo-nos, ainda que com vontade de fugir, com um número infindável de despesas. Não passa, no fundo, de um investimento: os nossos pais pagam-nos os estudos para que, com sorte e bom senso, lhes possamos retribuir tudo o que nos deram, quase como uma empresa (com lucro, esperemos!).
Também não é fácil fazê-lo, investir. São pequenos grandes sacrifícios, pequenas gigantes promessas que esperam ver cumpridas. Por essa mesma razão muitos de nós, investimentos, certamente ouvimos alguns desabafos que preferíamos não ouvir. "Eu comecei a trabalhar aos 13 anos", do que eu entendo "comecei a ganhar o meu dinheiro para não "pesar" à minha família, enquanto tu lhes gastas o que podes, "pesando", assim, muito". Não é fácil. Nem para eles, nem para nós. Acreditem. A autonomia e independência (ainda que parcial) custa em todos os sentidos, para ambos os lados.
É por isso que muitos de nós optam, conscientemente, por tentar "pesar" menos. Por outras palavras, fazemo-nos à vida, tentando ganhar uns trocos onde e quando for possível. Para nos podermos dar ao luxo de ter algumas extravagâncias em tempos em que tê-las é, no mínimo, complicado.
Sim, eu sei que outrora se começava a trabalhar muito cedo, e em trabalhos agrestes. Mas também sei que o "trabalho" de estudante consegue ser desgastante em aspetos não menos relevantes.
Faz parte: viver da melhor maneira possível com o que temos. Queres mais? Ora, a solução é simples: Faz-te à vida.
Comentários
Enviar um comentário