O semanário Expresso pela quinta semana consecutiva inclui um livrinho com dois textos inéditos de autores portugueses, de uma coleção de 12 textos, 6 livros, juntamente com o habitual jornal e respetivos suplementos. São textos curtos, mas não é isso que lhes tira qualidade. Para cada texto há uma banda sonora disponível do site do jornal, prometendo prender e levar o leitor a viver a história.
É uma boa iniciativa para descobrir autores portugueses.
O livro desta semana inclui Os invernos em Paris, de Isabel Rio Novo, e Onde nos viemos achar, de Nuno Camarneiro.
Cinco homens e uma mulher totalmente desconhecidos que se confrontaram com um grupo radical. Cada um com uma história e caminhos distintos e, no entanto, cruzaram-se na circunstância mais improvável, como tudo pode mudar de um dia para o outro sem aviso - "Ninguém exatamente o que deveria ser". A história deixa em aberto o que acontece aos indivíduos, mas consegue passar a imagem de como o resto dos dias se passariam. Também a playlist desta história é composta por música clássica, mas cada uma com ritmos e melodias diferentes, como se cada música estivesse a contar a história de cada personagem.
É uma boa iniciativa para descobrir autores portugueses.
O livro desta semana inclui Os invernos em Paris, de Isabel Rio Novo, e Onde nos viemos achar, de Nuno Camarneiro.
Os invernos em Paris, Isabel Rio Novo
Uma professora de Belas Artes, com luto patológico, revisita as grandes histórias e amores da sua vida: as pessoas que lhes fogem pelas mãos e que a enterram num estado depressivo. Uma história inquietante contada na primeira pessoa, que acompanha as várias perdas e a decadência psicológica da personagem. Como a sua vida se assemelhava ao seu pintor favorito, que pintou os tetos Paris cobertos de neve. Embora não tenha um final concreto, o estado da personagem tem uma continuidade no tempo, sem ter vista de terminar, como um grande inverno. A banda sonora desta narrativa é constituída por composições de Beethoven, que acrescentam um toque melancólico ao passado doloroso da professora.
"A vida pode ser interminável como um inverno. Mas todas as manhãs tenho a esperança de que a mão de Gustave atravesse algum túnel escavado no tempo e se pouse devagarinho sobre a minha testa."
Onde nos viemos achar, Nuno Camarneiro
"Lá fora um pássaro canta porque o dia se defunta, fôssemos pássaros e cantaríamos também, ou morreríamos a voar."
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