A criatividade vem do trabalho, não da inspiração



Quem nunca bebeu uma chávena de café antes de começar a trabalhar? Para a autora do livro “The Creative Habit: Learn it and use ir for life”, um simples café pode fazer parte de um ritual que inicia um processo de concentração, produtividade e criatividade. O livro, escrito pela famosa coreógrafa Twyla Tharp, é um guia prático para desinibir todos os impasses que impedem a nossa arte e trabalho fluir.

Quem diz café diz qualquer outro ritual, como treinar, ouvir música ou um outro qualquer. O importante é repeti-lo as vezes suficientes para que, de cada vez que é feito, a mente associe esse momento ao início do trabalho e das ideias. Disciplina é a chave. Embora a autora se dirija mais a profissões ligadas à arte – escritores, pintores, dançarinos, etc -, as sugestões são aplicáveis a qualquer outra ocupação. Estar parado é que não é opção, e pensar fora da caixa nunca fez mal a ninguém.
São abordadas todas as variáveis que podem influenciar o trabalho. Desde as aptidões, à pesquisa, até ao “DNA criativo” (identidade e marca pessoal) e à estrutura de cada trabalho, Tharp explica a importância de cada um através de exemplos de grandes nomes na música como Beethoven, e também através da sua própria experiência. Também, antecipa todos os “monstros” que podem impedir uma boa produtividade, como os receios de cada um e a imprevisibilidade de todo o processo, e como podem ser ultrapassados.
São dados pequenos exercícios no final de cada capítulo para que se possa ultrapassar cada impasse e para que se possa descobrir mais acerca da sua identidade criativa. Ao mesmo tempo que há um forte impulsionamento para que se faça algo, o livro obriga a uma introspeção constante, a um autodescobrimento.
Apesar de ser bastante prático, em determinados capítulos a partilha da experiencia da autora tornou-se um pouco aborrecida. Em simultâneo, por vezes perdi a noção sobre que fase estava a ler. Fora isto, é um livro muito motivador, como se se tratasse de um livro contra a inércia.
O livro não está editado em português, encomendei-o na Amazon.

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