A questão do plástico nos oceanos tem ocupado grande atenção mediática. Quantas fotos vimos já nas redes sociais de animais a comer ou segurar plástico, ou a dar às suas crias? O livro "Viver Sem Plástico", de Will McCallum, ativista da Greenpeace, reune um conjunto de soluções práticas para que todos possamos reduzir a nossa pegada ecológica no que à utilização de plástico diz respeito.
"12,7 milhões de toneladas de plástico que vão parar ao mar todos os anos" é uma das muitas frases a bold que vamos encontrando ao longo do livro. O problema, aponta Will, advém da "cultura de desperdício centrada em produtos descartáveis" enraizada nas nossas sociedades. Palhinhas, garrafas de plástico, copos de café são alguns dos exemplos de produtos que são fabricados com o intuito de serem usados uma única vez, sendo dos que mais se avistam nos oceanos.
Das mudanças mais fácil de aplicar é a substituição de garrafas de plástico, copos de café e palhinhas por modelos reutilizáveis. Para além disso, são dados a conhecer ao leitor produtos que não associaríamos, pelo menos à primeira, ao plástico, como é o caso de cotonetes, tampões, produtos de higiene (shampôs, cremes, etc). Algumas soluções alguns de nós já praticam, ou pelo menos já ouviram falar, como comprar produtos a granel, reutilizar alguns produtos. Outras dicas, no entanto, requerem mais algum esforço e logística.
O autor foca-se num conjunto de soluções praticáveis a nível individual e quotidiano que, a nível coletivo, podem ter um grande impacto no ambiente. O autor refere-o várias vezes: o impacto desejado só é alcançado se o esforço for levado a cabo pelas comunidades. Em especial, é depositado em cada indivíduo um poder de ação e mudança, podendo ser exercido - denota-se uma certa incentivação a tal, inclusive - através de passar a mensagem a conhecidos, ou mesmo aos governos e empresas locais.
O livro alcança o propósito a que se compromete: dar dicas práticas para, paulatinamente, reduzir a quantidade de plástico usada. No entanto, McCallum reconhece que o plástico pode efetivamente ser útil e até necessário, como acontece com pessoas com mobilidade reduzida que tenham de usar palhinhas para beber e até comer. Também, não culpabiliza o consumir e o próprio leitor se não conseguir levar a cabo todas as dicas, já que estas são pensadas para serem aplicadas gradualmente, um dia de cada vez.
No entanto, falha um pouco, a meu ver, no que diz respeito às fontes dos factos introduzidos. Ele referencia inúmeros blogues e empresas plastic free, bem como alguns relatórios ou estudos que menciona, mas podia ter acrescentado uma bibliografia ou um anexo com as referências onde se baseou. Apesar deste pormenor, recomendo bastante o livro para todos, seja para ganhar alguma consciência ambiental, seja para começar a pensar sobre a pegada ecológica de cada um.
"12,7 milhões de toneladas de plástico que vão parar ao mar todos os anos" é uma das muitas frases a bold que vamos encontrando ao longo do livro. O problema, aponta Will, advém da "cultura de desperdício centrada em produtos descartáveis" enraizada nas nossas sociedades. Palhinhas, garrafas de plástico, copos de café são alguns dos exemplos de produtos que são fabricados com o intuito de serem usados uma única vez, sendo dos que mais se avistam nos oceanos.
Das mudanças mais fácil de aplicar é a substituição de garrafas de plástico, copos de café e palhinhas por modelos reutilizáveis. Para além disso, são dados a conhecer ao leitor produtos que não associaríamos, pelo menos à primeira, ao plástico, como é o caso de cotonetes, tampões, produtos de higiene (shampôs, cremes, etc). Algumas soluções alguns de nós já praticam, ou pelo menos já ouviram falar, como comprar produtos a granel, reutilizar alguns produtos. Outras dicas, no entanto, requerem mais algum esforço e logística.
O autor foca-se num conjunto de soluções praticáveis a nível individual e quotidiano que, a nível coletivo, podem ter um grande impacto no ambiente. O autor refere-o várias vezes: o impacto desejado só é alcançado se o esforço for levado a cabo pelas comunidades. Em especial, é depositado em cada indivíduo um poder de ação e mudança, podendo ser exercido - denota-se uma certa incentivação a tal, inclusive - através de passar a mensagem a conhecidos, ou mesmo aos governos e empresas locais.
O livro alcança o propósito a que se compromete: dar dicas práticas para, paulatinamente, reduzir a quantidade de plástico usada. No entanto, McCallum reconhece que o plástico pode efetivamente ser útil e até necessário, como acontece com pessoas com mobilidade reduzida que tenham de usar palhinhas para beber e até comer. Também, não culpabiliza o consumir e o próprio leitor se não conseguir levar a cabo todas as dicas, já que estas são pensadas para serem aplicadas gradualmente, um dia de cada vez.
No entanto, falha um pouco, a meu ver, no que diz respeito às fontes dos factos introduzidos. Ele referencia inúmeros blogues e empresas plastic free, bem como alguns relatórios ou estudos que menciona, mas podia ter acrescentado uma bibliografia ou um anexo com as referências onde se baseou. Apesar deste pormenor, recomendo bastante o livro para todos, seja para ganhar alguma consciência ambiental, seja para começar a pensar sobre a pegada ecológica de cada um.
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